terça-feira, 30 de outubro de 2007

Manias de uns e de outros

Diz assim o João Morgado:

"Tanto quanto sei, toda a gente tem uma certa dose de pancada própria... uns mais do que outros como é natural. E porque já me disseram imensas vezes "tu és estranho..." decidi deixar aqui algumas das minhas atitudes menos compreendidas."

Pois, em jeito de copy/past também decidi assumir algumas pancada.


Já não tenho o hábito de roer as unhas mas gosto de levar os dedos á boca e passar os dentes pelo canto da unha, aquele delicioso limite entre a unha e a xixa.

Estou constantemente a meter a mão dentro da mala a ver se la tenho a carteira. Não porque alguma vez ma tenham roubado de dentro da mala mas porque simplesmente a ponho lá e 2 minutos mais tarde não sei se a tenho comigo ou não!

No carro ou estou a amexer no brinco ou a encaracolar o cabelo.

Gosto de passar a mão pela cara do meu sobrinho, não bem em jeito de miminho, só porque gosto.

Quando tenho uma caneta na mão a maior parte das vezes que não a estou a usar para a sua principal função, estou a tapar-destapar-tapar-destapar-tapar-destapar... Ou carregar no botão-carregar no botão-carregar no botão-carregar no botão-carregar no botão-carregar no botão-carregar no botão.

Mais? Não conto, já chega.

Só mais uma, café em chavena fria. Apesar de só gostar da comida bem bem quente!

Beijocas

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Quando não estou no mesmo sítio que o meu corpo

Hoje, numa pequena pausa do trabalho, dei por mim a pensar em algo que todas as semanas, para dizer o minimo, assoma os meus sonhos.

Faz no início de Janeiro que a minha avó materna faleceu. Faz já 6 anos, é incrível. Sempre fui muito apegada a ela, foi naquela casa que cresci e de que tenho todas as minhas recordações de infância.

Durante cerca de 1 ano após a morte da minha avó, sonhei todas as noites com ela, muitas das vezes acordava a chorar. Não me lembro de muito desse ano, não me lembro das aulas, do apoio dos amigos, apesar de saber que eles estiveram comigo. Não me lembro de como foi acabar o 12º ano, fazer os exames nacionais, sonhar com a entrada na faculdade. Foi um ano de mudanças importantes, uma época complicada só por si e custou-me muito não ter a minha avó por perto. Essa fase passou, ao fazer um ano de falecimento as coisas começaram a acalmar. Os sonhos pacificaram.

No entanto, continuo, ainda hoje, a sonhar constantemente com a casa dela. Ainda esta noite sonhei, não me lembro do sonho mas sei que estive lá. E pus-me a pensar nisso, no porquê de eu sonhar muito com aquela casa. E acabei por me pôr a pensar também noutra coisa que não percebo.

As melhoras da morte.

Foi, infelizmente, com as minhas avós que aprendi tal expressão. E hoje além de não encarar bem os hospitais, também tenho receio das melhoras repentinas.

Com a minha avó materna, a minha avó Teresa, não observei as tais melhoras. Na visita em que ela estava melhor eu não subi ao quarto, porque no dia anterior ela estava de facto muito mal e passei o dia seguinte a chorar, não estava em condições de subir e a ver. O dia 6 foi o último em que a vi. No dia 8 ela faleceu.

Com a minha avó paterna, a minha avó São como lhe chamavamos, foi diferente, foi a mim que o médico disse para não ter mos esperanças que a situação estava muito muito má. Chorei, não quis que aquilo estivesse a acontecer. Fazia apenas um ano que a minha outra avó se tinha ido. Chorei mais um pouco. Mas no dia seguinte voltei ao hospital e pude ve-la. Ela falou comigo, disse-lhe que nos tinha dado "um grande susto". Ela fez-me festas nas mãos, sorriu para mim e despaxou-me á pressa, quis que chamasse o meu tio. Quis ver toda a gente. Não me apercebi porque. Mas apercebi-me tempos mais tarde da despedida dela.

É isso que ainda hoje me deixa perplexa. Pelos vistos nós sabemos que vamos morrer e é-nos dada uma 2ª oportunidade de despedida. Mas o que vemos? O que de facto acontece? Quem ou o que é que nos dá essa 2ª oportunidade de dizer aos que mais gostamos aquilo que não dissemos quando tivemos tempo? O que é que faz o nosso corpo reviver umas horas para as despedidas?

Provavelmente só vou ter estas respostas quando lá chegar.

Hoje estou assim. Melancólica, a precisar de colo. Tenho saudades das minhas avós e mesmo tendo uma avó emprestada nunca é o mesmo.


quarta-feira, 24 de outubro de 2007

SONETO DE AMOR

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
Um dos meus pedaços preferidos de José Régio.
Para ti que mais amo. Só faltam 58 dias para nós. E como gosto de nós!
AMO TU

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cara nova

A casa é mais ou menos a mesma, só que com menos bixarocos! (Bugs=bichos... Ai, sou uma comediante frustrada...)
E não percam o próximo episódio, porque nós também não!


Beijocas :)