segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

E o tempo passa

Há mês, por esta hora, já me encontrava no Aeroporto de Lisboa, ansiosamente á espera. Foi a 1ª vez que me vi sozinha no aeroporto, na mesma situação que tantas outras pessoas ali. Só á espera. Á espera que se aproxime a hora de chegada de um avião, á espera que um avião aterre, á espera que um (ou vários) passageiro de notícias, á espera que as bagagens não demorem, á espera de sentir o coração parar por finalmente ver quem espero.
Há um mês a esta parte estava cansada, excitada, nervosa, ansiosa, eufórica, triste, tensa, feliz.
Havia quem esperasse em pé, simplesmente a olhar para o vazio, quem lesse calmamente uma revista, quem estivesse calmo e quem, notoriamente, estava tão nervoso quanto eu. Mas poucas eram as pessoas que esperavam sozinhas. E quando assim era a recepção da pessoa esperada dáva-se sem um qualquer tom de entusiasmo, como se tivesse sido uma breve retirada ao wc.
Comigo não era assim. E fiz tudo aquilo que observei. Tive tempo para simplesmente olhar para o vazio, para tudo e para nada, tive momentos de calma e outros de evidente nervoso miudinho, comprei uma revista mas apenas passei os olhos pelas linhas, não me lembro de nada do que li. E tudo "desajudava", o avião atrasou hora, lá dentro estava caotico, as malas não queriam sair, cá fora muito mais gente do que o habitual...
Mas tudo acabou quando sem avisar quem eu esperava já estava bem perto de mim. E tive a sensação de ter sido aspirada de tudo o que sentia, só tendo ficado a euforia, a alegria e as, sempre presentes, borboletas. E tudo o resto á volta foi também transferido para uma qualquer realidade paralela que não aquela. Estavamos sozinhos.
Há um mês, sob um céu limpo de nuvens, pontiado por estrelas cintilantes e uma lua bem gordinha como a de hoje estava completamente feliz. Só porque estava contigo.
Amo-te

Um comentário:

marco disse...

ficamos contentes com isso! fica bem